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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O ogro

O ogro malvado olha de lado,
Arranca casquinhas de ferida
E reclama dos passarinhos.


O ogro, no jogo da amarelinha,
Diz que sente cãibras terríveis
E chora no pátio sozinho.


O ogro brinca de “Escravos de Jó”,
Mas as pedrinhas que caem no chão
Abrem um buraco que dá no Japão


Cansado, o ogro deita-se no pátio,
E as saúvas que saem de seu nariz
Cobrem a terra de escuridão.

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