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domingo, 18 de setembro de 2011

o enterro do canario

O canario,coitado,moreu!

Voava livre no terraço,
Ede noite ,um assassino
Deu-lhe um mortal abraço.

Morreu o canário,coitado!

E já preparam o seu funeral:
As lesmas afinam as flautas
Cigarras organizam um coral.

Ocanário morreu,coitado

As andorinhas,coitadinhas,
Soluçam seguimdoo cortejo
De baixo de suas sombrinhas.

Morreu,coitado,morrreu!

A fêmea,tristeza só,
De banda preta na jaqueta,
Apoiada um curió.

Coitado,coitado,coitado!

E no meio do funeral,
Do gato escapa um soluço,
Um soluço felio,animal,

Morreu,morreu,morreu!

Exijindo imediato castigo,
Para o assassino brutal
Que matou o seu amigo!

E de sua imagem felina
No espelho refletida
Alça voz cristalina:

Psit!Psit!
Mais tarde
Eu te conto
Quem foi,
Seu tonto!

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